Eu ainda sei…

Binho
4 min readMay 7, 2017

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1 ano atrás eu estava preocupado, e continuo… Minhas expressões já há um bom tempo não seguem lógica. São fragmentos de meus pensamentos, são notas salvas durante um ônibus, dirigindo numa estrada longa, quando acordo no meio da madrugada, anotações em meu moleskine. Juntando tudo, sai um monte de carinho que sinto, em um parágrafo único. Tente ler com calma, sem distrações de notificações no celular, por favor. Primeiramente, nosso mais recente encontro foi sublime (melhor não falar último, mas o mais recente). Pensei que agora você tinha entendido que eu não quero sofrimento, que não é um martírio, que não estou lutando por algo banal. Se eu não visse uma chance de dermos certos eu não mandaria cartas e mensagens. Ninguém é tão burro ou trouxa de perder tempo com algo sem uma real possibilidade. E o “dar certo” você me diria, é algo muito relativo, sim concordo. Não estou vislumbrando um conto de fadas, nem de longe. Posso parecer bobo ou afobado, mas tenho algo concreto em minhas aspirações. Percebi que você ainda bate nas mesmas teclas, como que para ter uma desculpa onde não existe uma. Mas também não entendo o motivo de você às vezes provocar, tentar desestabilizar alguma coisa. A tua ironia é algo peculiar e você joga pra mim com uma facilidade enorme! Pois num dia você está todo querido e atencioso, e no outro parece que vira outra pessoa, não sei se por sí próprio ou por influências, amigos, sei lá, e você sabe dos teus atos pra fazer isso, não preciso explicar. E podemos divagar, o que é querer o bem pra alguém? Não o bem generalizado, de apenas paz de espírito, mas querer o bem mesmo, de torcer para que coisas boas aconteçam, mentalizar, enviar boas energias. Aquele ziriguidum do empurrãozinho! Sabe, eu aqui do meu cantinho (o qual você sempre é e será bem-vindo) choro, soluço, divago, de eu sofrer junto se perceber ou ouvir algo de você, e de vibrar por coisas boas quando elas chegam pra você, mesmo as poucas que você me conta. Foi muito agradável te ouvir contando as coisas naquele último sábado que você veio me visitar. Pegar na sua mão foi sentir. Eu vi um brilho no seu olhar e percebi estar bem à vontade me contando, afinal, coisas boas a gente não compartilha com qualquer um. Isso é cumplicidade, é querer o bem e perceber essa troca, isso nós temos quando queremos. Perdoar deslizes, suportar defeitos, se amar, mas não pensar só em sí, não alimentar superficialidades, suportar frustrações, etc. São tantas coisas que temos que administrar, e não há problemas em ser sentimental ou estar com alguém assim. Pq lá no fundos todos somos ou guardamos esse sentimento bonito. Você se esconde, mas quer essas coisas. Talvez tuas questões internas te façam ficar confuso. Talvez eu sinta mais isso tudo, não que você não sinta ou não perceba, mas o teu “foda-se” é mais forte. Talvez pelas tuas vivências ou pelo modo de lidar. Não precisa ser totalmente desprendidos, pois todos temos altos e baixos, momentos em que tudo esta bem e do nada não está mais. Imagino que em seus momentos solitários você também tenha devaneios. Percebi muitas evoluções suas, algumas louváveis, de me fazer dar um sorrisão de orgulho. Além do sorriso, aqueles meus olhos marejados são constantes. E quando ouço um “ele parecia gostar de você e meio que te proteger” eu fico feliz. Opiniões sinceras no meio de avalanches de críticas. Eu ainda vejo aquele cara fofo que joga videogame comigo todo competitivo. Aquela companhia deliciosa em todos os sentidos, seja no sexo gostoso que fazemos, seja no abraço que encaixa certinho (e isso é raro), e no beijo que gruda sem querer que desgrudemos enquanto nos beijamos. No pique pra fazermos coisas diferentes, pra sairmos, pra comermos, pra passearmos, para tirarmos sarro das pessoas bizarras com aquele nosso humor afro, é incrível. O amor está guardado. Chorar dá rugas, quero é rir e sorrir com você! A palavra que eu mais uso é Esperança, pq pra mim é algo muito forte. Não sei se as pessoas mudam, prefiro dizer “moldar”, aperfeiçoar, abrir a mente, analisar possibilidades, etc etc. Eu “mudei” em muitas coisas, em muitos campos da minha vida, mas vejo um caminho longo pela frente no que depende de mim. São apenas percepções, e como sou bem analítico e questionador, nada pra mim é simplesmente por ser, eu sempre busco respostas pra tudo. Muitas dessas respostas vieram pra mim em momentos de solidão, em viagens, lá no alto, em estradas ouvindo músicas que pra mim faziam sentido. Algumas coisas vieram quando eu nem queria, como te vendo em baladas ou quando o universo nos bota perto. Vendo de perto ou afastado, compreendi muitas coisas, analisei, em estalos, em insights. Eu vejo longe! Você se fortaleceu, se é o que queria, e penso que isso foi bom. Mas falando em dias, falando no ano passado se for falar, você estava 365 dias comigo de alguma forma. Eu pensei e continuo pensando, muito em erros, em novas formas de acerto, tudo isso, meus e seus. Nunco me redimo ou jogo culpas pra você. Você não precisa me julgar imaturo, nem nada, basta tentar entender minhas intenções. Saber separar alguém legal no meio de pessoas que parecem legais por algum status, corpo ou look. Mudei em muitas coisas que não devem ser escritas aqui, mas sentidas pessoalmente no dia-a-dia. O que de mim bom ficou em vc é o que eu quero que continue, e o bom de você continua aqui, marcado e aguardando continuar. Se permita tentar, vem comigo?!

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