Agora eu sei!

Binho
2 min readMar 29, 2019

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Reparei que nunca dou risada ao celular. Acompanho meus feeds, minhas redes sociais e conversas com amigos, mas normal, nada que me faça rir. No meio de tantos memes, vídeos diversos e “Oh-ows” do ICQ, nada se destaca. Talvez esse meu jeito sério de ser, muitas vezes confundido (ou constatado) com melancolia seja rotineiro. Claro que eu dou risada (ocasionalmente, hehe), mas me permita dramatizar o relato.

Todo dia vejo as pessoas no ônibus, na rua, na praça de alimentação, no elevador, todas sempre com seus smartphones, e com aplicativos de mensagens e suas notificações constantes. Sempre têm algo pra conferir, pra se distrair. Elas sempre dão risadas, sorriem, ou pelo menos parecem felizes.

Na correria do dia a dia, mantemos contatos com algumas pessoas. Às vezes damos mais atenção pra quem menos deveria, e por consequência deixamos de lado quem deveria ter aquela atenção e carinho merecido. Mas nem é sobre a dependência do celular que to falando, pois isso já não tem volta. Convenhamos, pessoas especiais nos transmitem alegria, mesmo que não presencialmente.

Mas eu questiono, o que faz com que elas sorriam tão espontaneamente, deem risadas, e prontamente respondam com algo, dando continuidade à conversa ou apenas se sintam assim tão bem? Na real eu fico admirado!

Não é costumeiro, mas hoje eu dei um leve sorriso quando recebi uma certa mensagem. Não era nada de mais, ou talvez fosse, e bastou a prévia da notificação do iPhone. Um simples emoji no iMessage acompanhado de uma piada interna com meu segundo nome (!), só isso, mas me fez sorrir, admito. No contexto o emissor conseguiu com maestria. Pode ser qualquer coisa, mas quando teu estado de espírito te permite sentir a reciprocidade do afeto, tudo muda. Fiquei bobo! Agora eu sei!

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